informe poético
Baques, porradas, tapões na cara nos obrigam a costurar o fio da meada, por penosos meses, com o ritmo indelével de uma deglutição assustada ou a negação nua e crua da ação traumática.
Ou quiçá as duas, agindo ao mesmo tempo.
Não há outra saída, um atalho, não tem como fingir costume ou assoprar aceitações voláteis pelo ar. Elas evaporam antes do fim do primeiro copo. #ficaadica
Agora, por aqui, a porrada foi tão bem dada que virou rasteira, o peso do tombo trincou o chão e se abriu um buraco de metros de profundidade e o meu salto mortal foi consciente para dentro dele, sem deixar de lado um festival de músicas tristes que narrou toda a queda e é acionado até hoje no meu pobre celular trincado.
Sofrer é também costume. Não tenho dúvidas. E já disse ajustar esse verbo na prateleira bem mais como um ESTADO do que um INSTANTE. E, por favor, não interpretem, agora, um sofrimento cabal e desnorteante, mas sim uma atmosfera controlada e, por vezes, altamente convidativa.
E considero, assim como qualquer artista, que o sofrer nos proporciona uma facilidade maior em criar. E a criação é uma extensão bastante saborosa da minha vida. Estar mentalmente fragilizado é também um mergulho profundo em searas e vielas instáveis que eu nem sempre embarcaria. No entanto, pescar essas respostas, nesse exato momento, me ajuda a encarar melhor o que tanto me escapa.
É por isso que sinto poder revelar com bastante clareza que o projeto do meu segundo livro já está bastante encaminhado. Não pretendo falar mais nada, apenas que irei me apropriar novamente da poesia nesse temeroso salto. Um salto que me arrepia ainda mais a espinha, mas que se solidifica na hora certa.
Quero deixar claro que é apenas um anúncio. Que as páginas ainda estão sendo minuciosamente construídas. Que eu não tenho ainda qualquer editora. Dessa forma, o processo ainda vai tomar bons e longos meses. Não farei absolutamente NADA com pressa!
Como o Substack é uma ferramenta bem mais nichada, de pessoas que gostam realmente de literatura, peço encarecidamente que se algum de vocês tiverem contatos com editoras BACANAS e puderem me passar, eu serei bastante grato. Muitos sabem que tive inúmeros problemas com a editora do meu primeiro livro e, por isso, queria realmente vivenciar uma relação mais profissional dessa vez.
Por ora é o que o tenho para dizer.
Beijos e abraços, andantes!
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