ESTAMOS EM OBRA!
Eu já sabia o que me esperava. Acompanhei, com atenção e angústia, a destruição das pequenas casas antigas e características do bairro e de um estacionamento de dois andares que tomava parte do quarteirão. Na época, quis promover um motim, hastear um motivo irrevogável, uma reunião de provas convincentes que pudesse barrar o maquinário e manter todas as casas em pé. Além, é claro, preservar o silêncio tão importante para essa pobre alma que se vê obrigada a dormir de dia.
Nem saberia por onde começar uma batalha contra uma construtora. Uma luta perdida e que provocaria mais indisposições do que simplesmente aceitar semanas de tratores e tetos despencando. No entanto, martelava na minha insone cabeça que era apenas o começo. Os próximos passos seriam incomparavelmente piores. E, como esperado, o plano foi posto em prática e o edifício de 22 andares começou a deixar o papel.
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